O câncer é uma doença que tem intrigado a ciência ao longo dos tempos. Os registros mais antigos vêm do Egito, aproximadamente em 1600 a.C. No entanto, foi desde o período grego clássico, que Galeano e Hipócrates levantaram a hipótese de que o desenvolvimento do câncer sofreria alguma influência dos aspectos emocionais.
O nome câncer é dado a um conjunto de mais de 100 doenças, nas quais as células dividem-se rápida e descontroladamente, invadindo tecidos e órgãos. A formação do câncer frequentemente dá-se de forma lenta e gradual, podendo levar anos até que uma célula cancerosa origine um tumor detectável.
O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer no Brasil e afeta mulheres e homens de diferentes classes sociais, credo e cor. No mundo, esse é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres.
O diagnóstico de câncer de mama é feito através de testes que ajudam a determinar se existe alguma formação anormal na estrutura da mama que indique a presença de um tumor benigno ou maligno.
Alguns sintomas são sinalizadores, como as alterações na sensação da mama ou do mamilo, presença de nódulos, espessamento, sensibilidade não relacionada à menstruação, ou até mesmo caroços na axila e mudanças na aparência na pele, no tamanho ou forma da mama, mudanças em torno do mamilo ou aréola (vermelhidão, inchaço, ou ondulações que se parecem com a casca de uma laranja), fluido que saia do mamilo e que não esteja relacionado à amamentação.
Também é recomendável a visita ao médico regular e anual para que ele realize um exame clínico da mama, independentemente de haver sintomas ou não, além da análise da mamografia e a ecografia mamárias. Após a primeira menstruação, recomenda-se que a mulher pratique a palpação das mamas uma vez por mês, cinco dias após a menstruação. Conhecer o próprio corpo é essencial para detecção de uma possível irregularidade. O câncer de mama, quando detectado precocemente, tem cerca de 95% de chance de cura.
Segundo pesquisas recentes, a boa alimentação, a qualidade do sono e a atividade física, podem contribuir para uma vida mais saudável. Saliento a importância do cuidado com os fatores emocionais, especificamente de estresse e depressão que podem contribuir para um descompasso psicossomático entre o processo intracelular e as defesas imunológicas. Isso tudo agregado a um histórico de falhas nas conexões emocionais, entre mãe/bebê, durante os primeiros 40 dias de vida. Se considerarmos que as causas do aumento significativo dos canceres configura-se desde a ordem ambiental, psicossocial ou até de desenvolvimento, podemos inferir que é fundamental trabalharmos com a ideia de prevenção.
Cuidar de si e do outro é um gesto de amor!
Eliane Tonello é psicóloga e escritora
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