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COMO NASCE UM LEITOR

         “Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria.”

         Jorge Luis Borges


COMEÇAR O QUANTO ANTES

Dizem que mães podem ler em voz alta uma historinha com o filho ainda em gestação.

Quanto antes mãe e pai pegarem um livro e lerem para seus filhos, dizem, é o ideal.

Três mil livros infantis por ano: dados oficiais. Mas tenho convicção de que são muitos, mas muitos mais, pois há, nos dias atuais, edições de autor em igual ou maior número. Tem surgido também a ideia das "contações de histórias".

Os dados oficiais enganam.

As ilustrações dos livros infantis são fundamentais, pois a criança faz leituras de imagens.

PODER DE COMPRA

O livro, em si, não é caro, mas entre as coisas que se precisa consumir, o livro é caro, o infantil mais caro ainda. Comparativamente com outros países, no Brasil, o livro é caro.

Grande parte da população não pode e não consegue comprar livros.

Por isso, precisamos de políticas públicas, com bibliotecas públicas de fácil acesso e nas escolas.

No entanto, as bibliotecas, em muitas de nossas escolas, estão fechadas, temos poucos profissionais de Biblioteconomia, além de acervo antigo, sem atratividade para as novas gerações e de uma pobreza atroz.

É preciso que se façam cobranças por bibliotecas nas escolas, abertas, com novos acervos, livros de interesse mesmo, incluindo gibis.

Na Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul, tem uma boa oferta de gibis para leituras.

Gibiteca da Biblioteca Pública do Estado do RS. Foto de Marco Favero | Agência RBS
Gibiteca da Biblioteca Pública do Estado do RS. Foto de Marco Favero | Agência RBS

PORTO ALEGRE

Na Biblioteca Josué Guimarães, há uma busca grande de livros pela população. Há também eventos de trocas, oque é positivo, dando mais acesso à leitura.

Em Porto Alegre, temos dez bibliotecas comunitárias, algumas com acervo bem razoável. Mas o esforço está nas mãos de voluntários, de pessoas que são “militantes” da causa do livro.

Destaca-se a Biblioteca Leopoldo Boeck, na comunidade Coinma.

CACHOEIRINHA

Em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, temos o Instituto Ágora, capitaneado pela batalhadora do livro Sônia Zanchetta, que cuida há três décadas da seção infantil e infanto-juvenil de nossa Feira do Livro.

GUAÍBA

Cidade que é próxima da capital, está no mapa da leitura, em especial pelas ações na Biblioteca Darcy Azambuja, com mais de 25 milhões livros, com atividades que começam a levar a leitura para os quatro cantos da cidade. As atividades são puxadas pela escritora Irlanda Gomes.

GUAPORÉ

Com o movimento Guaporock, Ednei Genari e sua turma estão levando a ideia da escrita e da leitura para a cidade e fora dela, dando condições de pessoas escreverem e outras tantas lerem.

GRUPOS

Temos tido boas e novas noticias de grupos se espalhando pelo RS, e até já fizemos reuniões em vários locais. Em Novo Hamburgo e São Leopoldo, propusemos um Movimento nos “Trilhos do Trem”, unido todas as cidades e seus escritores ao longo da linha da Trensurb.

No Vale do Paranhana, há um forte movimento, como no Litoral Norte e Sul de Santa Catarina há um movimento em torno do Mampituba, rio que separa os dois estados.

Santa Maria e Passo Fundo têm fortes movimentos também.

Recentemente, tivemos contatos com o que acontece em Santiago n interior do Estado.

ANO DA LEITURA    

Propusemos para a Câmara Rio-grandense do Livro que o ano de 2025 fosse o Ano da Leitura, o que foi aceito. Agora, estamos numa fase de levar a ideia para todos os cantos que pudermos alcançar, usando a hashtag #2025anodaleitura.

É O COMEÇO

Este é o primeiro artigo de uma série, como de entrevistas e LIVEs que virão em seguida.

2025, o Ano da Leitura. Que sejamos vitoriosos!



ADELI SELL é professor, escritor e bacharel em Direito.

 

 

 

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