O Brasil registrou até 19.07.24 mais de 6 milhões de casos da doença com 4.714 mortes. É uma doença transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, considerado um dos principais problemas de saúde pública no Brasil.
Questão central: Políticas públicas!
No Brasil, diversas políticas públicas são adotadas para prevenir a dengue:
- Programa Nacional de Controle da Dengue
- Campanhas de conscientização
- Controle do vetor
- Monitoramento epidemiológico
- Parcerias interinstitucionais
É importante destacar que a prevenção da dengue é responsabilidade de todos. Além das políticas públicas, é fundamental que cada indivíduo adote medidas de prevenção em sua residência e ambiente de trabalho, eliminando possíveis criadouros do mosquito.
Por isso, as campanhas de conscientização. Porém, sem políticas de saneamento é pedir para “enxugar gelo”.
A par disso, são imperiosas as campanhas de vacinação.
Temos, no país, apesar das ações da atual gestão do Ministério da Saúde, a falta de fornecimento da vacina.
Estamos nas mãos de um laboratório estrangeiro. Neste sentido, importante foi no caso do Covid em que nossos laboratórios FioCruz e Butantã foram vanguarda. Quiçá, seremos em breve na vacina da dengue também.
Por isso, o combate à dengue continua sendo um desafio, como a luta contra a proliferação do mosquito transmissor e na conscientização da população. A melhoria do saneamento básico, o planejamento urbano adequado e o investimento em pesquisas e desenvolvimento de vacinas são medidas essenciais para controlar a propagação da doença. É fundamental que as autoridades de saúde e a sociedade se unam, visando proteger a saúde e o bem-estar de todos os brasileiros.
Porto Alegre: situação grave!
A dengue em Porto Alegre tem 9.888 casos confirmados em 2024.
Vistoria da dengue em Porto Alegre (RS) — Foto: Cristine Rochol/PMPA
Aqui, há fatores que contribuem para a propagação da dengue, o clima é um deles. A cidade possui um clima subtropical, com verões quentes e úmidos, o que favorece a reprodução do mosquito Aedes aegypti.
O crescimento urbano desordenado, aliado à falta de planejamento adequado, resulta em áreas propícias para a proliferação do mosquito, como terrenos baldios, construções abandonadas, esgoto a céu aberto e acúmulo de lixo.
A falta de infraestrutura sanitária em algumas regiões da cidade contribui para o acúmulo de água parada, um ambiente propício para a reprodução do mosquito.
Tudo isso impacta o sistema de saúde. O aumento no número de casos de dengue sobrecarrega os serviços de saúde, resultando em uma demanda maior por atendimento médico, leitos hospitalares e recursos para o tratamento adequado dos pacientes.
A dengue, portanto, é um desafio em Porto Alegre, exigindo esforços contínuos no combate à proliferação do mosquito transmissor e na conscientização da população sobre a importância da prevenção. A melhoria do saneamento básico, o planejamento urbano adequado e o investimento em campanhas educativas são medidas essenciais para controlar a propagação da doença. É fundamental que as autoridades de saúde, juntamente com a participação ativa da comunidade, trabalhem em conjunto para proteger a saúde e o bem-estar dos moradores de Porto Alegre.
Como as duas últimas gestões desdenharam as questões de saneamento básico, perdendo recursos, deixando recursos estocados sem a devida aplicação, caberá ao próximo governo uma atenção muito grande ao tema da saúde pública em geral e ao saneamento básico de forma especial.
Adeli Sell é professor, escritor, bacharel em Direito e vereador do PT de Porto Alegre.
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