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QUER JOGAR? LUZ, CÂMERA E VINGANÇA!

zonanortejornalpoa

Tesouras não cortam só cabelos!

Todos avisados.

Há tempos venho protelando falar dos dois romances da jovem escritora Renatha Pessoa. Já tive o prazer de ter com ela alguns papos sobre a escrita e a literatura.

Atentem para algumas razões: Renatha nasceu em 2009. É isto mesmo! Dois romances escritos. Sim, o primeiro “Quer jogar? - Tesouras não cortam só cabelo” é de 2023, pela Alcance e “Luzes, câmera e vingança” é de 2024, também pela Alcance, comandada pelo Rossyr Berni, de longa tradição editorial. Ambos têm bom acabamento. O primeiro tem 424 páginas e o segundo, 351.

Renatha é desta geração que quando lê não lê qualquer coisa, são jovens decididos a devorar páginas e mais páginas de livros de aventuras ou como alguns chamam de literatura gótica, numa referência a um passado bem mais distante, mas que seria um gênero literário caracterizado por um clima de terror, suspense e aflição.

É, foi isto que senti nas leituras de ambos, diria que mais aflição que terror e suspense.

A trama de ambos é bem complexa. Para jovens escritores, deve ser uma aventura e tanto controlar personagens complexos, que param de pé, pois são verossímeis, a gente os vê em carne e osso, acredita neles. O que, por si só, é um atestado de boa escrita.


Renatha tem o domínio absoluto da trama do começa ao final do enredo.

Dos badalados romances tido como “dark” sou um “velho” à espera de “um dia ler algo”, mas talvez eu abrevie este tempo, porque a Renatha Pessoa faz um gênero intenso e provocativo, com narrativas e histórias intensas, que mergulham em temas profundos e sombrios, como poder, vingança, obsessão e relações complexas, proporcionando uma experiência única e desafiadora, também com personagens complexos e situações que fogem do comum.

Sem extrapolar uma análise, diria que se a Renatha morasse nos Estados Unidos ou na Inglaterra, que tivesse uma editora de lá, com aquelas livrarias expondo calhamaços, acho que poderia virar “best seller”.

Mas creio que ainda vai chegar a este patamar, mesmo que, no Brasil, as pessoas valorizem autores de fora, comprem livros de autores estrangeiros em detrimento dos nossos.

A Renatha já é um fenômeno no “tik tok”, ela fez um vídeo onde pergunta aos seus seguidores “como forjar uma morte”, ela esclarece “numa história”. É de uma desenvoltura de uma autora madura, além de sua simpatia juvenil e dos jeitos que pinta na telinha com seus curtos cabelos, ora naturais, ora pintados. A garota é um fenômeno: têm 20 mil seguidores nesta plataforma.

Ela também tem um podcast: “café com leite e conversas”.

Bem, voltando aos livros, neste tipo de história não tem “spoiler”, não vou entregar o jogo, nem vou me vingar de nada aqui.

Leiam, porque afinal, vamos ou não vamos fazer de 2025 o “ano da leitura”?



Adeli Sell é professor, escritor e bacharel em Direito.

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