Desde que comecei a pensar sobre a crônica deste mês, muitos assuntos aqueceram o meu Ser. Um deles foi fazendo morada em meu coração e... aqui estamos.
O mês de fevereiro sempre foi recheado de lembranças e sensações. A maioria de momentos especiais. Imaginam por quê?
Ah! Claro! Talvez quem me conheça, possa estar imaginando...
Mas antes, preciso conversar sobre uma situação que a grande maioria dos moradores e moradoras de Porto Alegre e região metropolitana passaram em janeiro. Mais um desastre e, mais uma situação de calamidade. Para parte da população a falta de luz e água perdurou por uma semana. Pode?
Bem, podemos considerar que foi uma situação que atingiu toda a cidade, pois os ventos, chuva torrencial e raios intermitentes deixaram um rastro de destruição. Há alguns meses cheguei a conversar com vocês sobre desastres. O foco deste mês é a tristeza pela falta de empatia além, é claro, de me questionar, mais uma vez, sobre os sistemas de alerta.
Sistema de alerta... maravilha, mas o que fazer frente a eminência de um desastre? Os planos de contingência, todos conhecemos? Aliás, todas as cidades, Estado, já têm os seus? Mais do que isto, quais as instituições que possuem ações voltadas às situações de emergência e desastres?
Na minha humilde opinião, sistema de alerta, não deve servir, somente, para as pessoas saberem que algo grave pode ocorrer, mas sim para ações preventivas. De nada adianta sistema de alerta se não nós mexermos.
Precisamos ter conhecimento sobre os planos, participarmos do processo de discussão e quando alertas forem emitidos, possamos ter uma cultura de prevenção, tanto no campo individual, familiar e coletivo. Os agentes públicos necessitam, também, colocar em prática, ações que possam minimizar impactos... Mas isto... ah! Apesar de tudo que já experienciamos, parece que vai levar um bom tempo...
Dito isto, me desloco para o mês de fevereiro.
_ Ã! Fevereiro? Como assim! Me explica! - Fala uma voz que vem com o vento que neste momento toca o meu corpo.
_ Sim, sim, explico. Mas Pare, Respire e Sinta...
_ Lá vens tu, mais uma vez, com isto...
_ É que, não há Reflexão, sem a espiadela para nossos sentimentos. E, não damos espiadela alguma sem Ins-pi-ra-ção, Ex-pi-ra-ção...
Um suspiro ecoa pelo ar...
É verdade, reflito comigo.
Reclino a cadeira para observar o céu. Meus pés tocam a grama e os meus olhos se lançam para o azul intenso, permeado por algumas nuvens e repleto de estrelas...
Fevereiro... mês em que esta Existência toca a materialidade...
Quantas sensações perpassam o nosso Ser por conta do aniversário? Como é pra ti? Gostas de fazer festas? Preferes estar mais consigo mesmo? É um dia que ficas feliz, triste?
Cada um/a de nós sente de forma diferente. Além de, no decorrer da nossa caminhada, mudar por conta das situações que experienciamos.
É muito bom quando conseguimos Sentir o que está na nossa Alma naquele momento e concretizar o que desejamos. Podemos ter aniversários que estamos querendo muito encontrar pessoas e outros não. Há aniversários onde fazemos reflexões sobre a nossa trajetória e outros em que, o que menos queremos é olhar para isto.
Os meus cinquenta anos por exemplo, realizei muitas Celebrações no decorrer do ano, junto com a Frida Kahlo! Não, não me enganei. Explico. É que admiro a Frida. Então resolvi pedir a uma amiga, artista fabulosa que trabalha com biscuit, que fizesse um enfeite de bolo com a "Fridinha" pintando em uma tela, não o 7, mas 50... hehehe Olha que a Frida andou por alguns lugares comigo em 2023... Inclusive, compartilho a foto para darem uma olhadinha!
Existem aniversários que são marcos, ritos de passagem. Para mim, os meus 50 anos foram assim... uma grande passagem. Momento em que me senti mais liberta para realizações. Momento em que olhei para trás, me emocionei com o que construí e pulei em direção ao inesperado…
Lembro que outros aniversários também foram marcos importantes, alguns com reflexões que me impulsionaram para mudanças importantes: 15 e 37 anos, por exemplo. 15 anos, pois naquela época, a chegada nesta idade era uma sensação surreal.... Lembro do esforço da minha família para fazer uma festa. Recordo com muito Amor de todos que estavam lá, muitos que já estão em outra dimensão e os 37 anos, pois algo inimaginável aconteceu...
Aliás aquele ano, sem esperar, fui parar na Europa. Lembro de estar na Torre Eiffel exatamente no dia do meu aniversário e eu comecei a agradecer e chorar; chorar e agradecer, até que um primo que muito amo me disse: _ Pati, pode parar de agradecer. Eles já entenderam!!!! Rimos muito. Naquele momento, como alguns outros, Senti a Energia, a presença de Deus em toda a parte... Foi a primeira vez, inclusive que me vi como uma parte da Energia Divina. É claro que compartilho uma foto deste momento.
Mas o que lembras dos teus aniversários? Algum foi marcante? Quais os motivos que os tornaram marcantes?
A idade vai construindo uma maturidade que não se dá somente pelo número que a representa, mas pelas experiências e pelo "como" vivemos as situações da Existência. Somos o reflexo do que foi se produzindo em nosso Ser.
Desejo que possas, em cada nova etapa da sua Existência, te lançares às possibilidades.... Te Permitires ir além do "número" e Vibrares com os teus passos que, muitas vezes tocaram um chão que possam ter causado dor, mas que te oportunizaram seguir em diante.
Que Sejamos Luz e Sabedoria!
Patrícia Ziani Benites
Psicóloga e Escritora
Canal no YouTube: Tocando o Coração Enxergando a Alma
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