Dinheiro na mão
Eu ando com uma vontade estranha ultimamente: parar de usar o meu cartão no banco e pagar tudo em dinheiro vivo. Comprar o meu café no bar com moedas, pagar o Uber com nota de 50, sacar meu salário inteiro no caixa, tudo para sentir as cédulas se despedindo da minha posse. Então, eu fecharia minha conta no banco e dobraria a segurança na rua. Aliás, até mesmo uma arma eu compraria. Vai que alguém queira me roubar. Preciso me defender. Mas o ápice mesmo seria quando, depois de muito poupar, eu comprasse uma casa com dinheiro vivo. Ou melhor: uma não. Umas 51 casas já estaria de bom tamanho.
Que sorte!
Os discursos são perigosos. São eles que dão base e perspectivam os nossos atos. Como uma nuvem que paira pelo ar, as ideologias agem como balizadores de nossos comportamentos. Elas nos encorajam. Na última quinta-feira, um brasileiro tentou assassinar Cristina Kirschner. A cena é impressionante. Milagrosamente a arma não disparou. Torçamos para que nenhuma outra dispare.
Debate
Às vezes, a melhor forma de debater é não comparecer ao debate. Pelo menos é isso que alguns políticos pensam. Em uma democracia, todos ganham com os debates, até mesmo quando o candidato preferido “perde”. Qualquer grosseria contra um candidato é, acima de tudo, uma afronta à democracia.
Aliás
Renato Portaluppi vai mesmo fazer um ótimo trabalho no Grêmio?
Cristiano Fretta é escritor, professor e músico.
Imagem: redes sociais
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